Você sabe quais são os melhores livros sobre estoicismo? Se você despertou interesse por esta fascinante filosofia-prática, e deseja aprofundar o seu conhecimento bebendo direto da sabedoria dos antigos estoicos, você veio ao lugar certo.
Antes de mais nada, entenda que os 5 livros abaixo descritos não estão, necessariamente, em uma hierarquia “do pior para o melhor”, ou vice versa.
Fique ciente, também, que minha ideia aqui será te fornecer os escritos dos antigos estoicos – conteúdos esses que datam de quase 2 milênios.
Sendo assim, a ideia deste texto não será te recomendar, por exemplo, livros recentes sobre estoicismo, como aqueles redigidos pelo escritor americano e entusiasta do estoicismo, Ryan Holiday.
Te recomendarei apenas livros que já foram testados pelo tempo!!
Dito isso, vamos lá para o Top 5 melhores livros sobre estoicismo, de todos os tempos!
5 – Cartas de um estoico – Sêneca
Esse livro compila uma série de cartas escritas pelas mãos de Sêneca, conselheiro do imperador Nero, e um dos homens mais ricos de Roma (4a.C. – 65d.C.). Nele, você encontrará reflexões profundas e extremamente valiosas que, diga-se de passagem, parecem estar totalmente “à frente de seu tempo”.
Sêneca demostrou sua sabedoria em diferentes situações. O simples fato dele ser veementemente contrário às torturas e crueldades impostas aos escravos é um bom exemplo de como ele tinha um pensamento diferente da massa.
Outra ideia interessante defendida por ele, e presente no livro Cartas de um estoico, é a de que devemos tratar os nossos inferiores da mesma forma como gostaríamos de ser tratados pelos nossos superiores. Conselho esse que, apesar de lógico, é tão negligenciado hoje em dia.
A partir das cartas de Sêneca, podemos aprender muito com o autor. Entre suas palavras, podemos encontrar vários trechos relacionados à amizade. Há 2 milênios Sêneca já aconselhava os outros e a si mesmo a se associar com pessoas que tendem a nos elevar, enquanto indivíduos.
O conselheiro de Nero tinha consciência de que os homens aprendem enquanto ensinam, e ele sempre se mostrou um incentivador da livre disseminação de ideias.
Apesar de Sêneca valorizar as amizades, também é verdade que, como estoico característico, ele tinha visão de que não devemos ser totalmente dependentes dos nossos amigos para sermos felizes, isto é, precisamos desenvolver a capacidade de desfrutar de nossa própria companhia.
Segundo ele, essa habilidade era um indicativo claro de “uma mente saudável.”
4 – Sobre a brevidade da vida – Sêneca
Como o próprio nome do livro já diz, em Sobre a brevidade da vida, Sêneca disserta sobre a nossa existência aqui na Terra. Ele traz reflexões profundas sobre a forma na qual a maioria das pessoas parecem viver “no piloto-automático” e não percebem a dádiva que estão negligenciando.
Sêneca defende que não é que temos pouco tempo. E sim que o desperdiçamos aos montes.
No livro, ele trata sobre temáticas correlacionadas ao tema central da obra, como por exemplo a maneira pela qual as pessoas se mostram entorpecidas pela preguiça (e repare que há 2 mil anos não existia iFood!).
O autor parece nos dar socos no estômago quando diz que cabelos brancos e rugas não são indicativos de que uma pessoa VIVEU muito, mas sim que ela EXISTIU muito.
3 – Sobre a ira/Sobre a tranquilidade da alma – Sêneca
Se você é uma pessoa que se irrita com facilidade, este livro lhe servirá como um remédio. Se você for uma pessoa já tranquila, você vai conquistar ainda mais racionalidade diante de ocasiões que requerem tal postura.
Em diversos trechos do livro, Sêneca cria perspectivas que ridicularizam o ato de se enfurecer com facilidade. A partir das reflexões trazidas por ele, fica muito claro que, quando estamos irados diante de algo ou alguém, somos nós aqueles que verdadeiramente sofrem.
Ele pontua coisas interessantes, como quando cita que o melhor remédio da ira é o adiamento. Sêneca traz exemplos brutais que demonstram que não é uma boa ideia tomar decisões enquanto nosso sangue está fervendo.
O filósofo milionário também frisa que a raiva é um sentimento sedutor: à medida que a alimentamos, nós nos tornamos cada vez mais tentados a nos deixarmos levar por ela. Dois milênios depois, vemos que esse pensamento tem total fundamento, a partir do respaldo científico do psicólogo Daniel Goleman, autor do livro Inteligência Emocional.
Sêneca disserta sobre como lidar com impulsos, paixões, e recorrentemente cita sobre a problemática da vingança. Segundo ele, a alma grande e capaz de sincera autoavaliação não vinga a injúria, pois não a sente.
2 – A arte de viver – Epicteto
Entre todos os 5 livros sobre estoicismo citados nesse artigo, digo que este é o melhor livro sobre estoicismo para iniciantes.
Não somente a linguagem dele é simples e fácil, como o conteúdo também é maravilhoso.
Nesta obra, você vai encontrar ensinamentos profundos de Epicteto, o escravo estoico. O livro A arte de viver é, basicamente, um manual para a vida.
Entre os aprendizados que você terá com ele, podemos destacar, por exemplo, que você:
•Entenderá a importância de separar as coisas em “aquilo que controlamos” e “aquilo que não controlamos”;
•Compreenderá que você é peça fundamental no quebra-cabeça da humanidade;
•Descobrirá importância de ser específico ao definir claramente a pessoa que você quer ser.
E esses são apenas alguns poucos aprendizados contidos no livro. Ah, e vale ressaltar, também, que o escravo Epicteto foi uma grandiosa inspiração para o imperador Marco Aurélio, figura essa que é o autor do próximo livro a ser apresentado.
1 – Meditações – Marco Aurélio
É impossível falar de estoicismo sem citar o diário do imperador romano Marco Aurélio.
Sim, diário. Este livro é, na verdade, um compilado de reflexões que Marco Aurélio (121d.C. – 181d.C.) tinha consigo mesmo.
O fato de que Marco Aurélio não redigiu tais palavras para que se tornassem um livro, ou então para que elas fossem lidas por olhos de terceiros, talvez seja o que torna essa obra ainda mais fascinante.
Marco Aurélio fala bastante sobre o ato de controlar os próprios pensamentos. Segundo o imperador, a nossa mente toma forma daquilo que frequentemente escolhemos segurar nela.
E assim como as suposições de Sêneca, que foram confirmadas pela ciência depois de 2 milênios, tais ideias de Marco também o foram – sobretudo quando abordamos sobre a “recém descoberta” neuroplasticidade (os primeiros estudos datam de 1960, aproximadamente), isto é, a capacidade do cérebro de “se reprogramar“.
Em Meditações, Marco Aurélio escreve para si mesmo com o objetivo de pontuar tudo aquilo que ele entende ser necessário para ele crescer como pessoa. Nesse sentido, o imperador propõe melhorias para o seu caráter, e critica suas próprias falhas.
Apesar de Marco Aurélio nunca ter considerado a si mesmo como um filósofo, ele conduz toda a escrita de seu diário escorado nas quatro virtudes estoicas:
1) Justiça
2) Autocontrole
3) Coragem
4) Sabedoria
Este livro é leitura obrigatória para qualquer pessoa que se interessa por esse filosofia-prática milenar. Espero que você tenha gostado de aprender mais sobre os 5 melhores livros sobre estoicismo.
Mas e então: quais deles você vai levar hoje?
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