J.R.R Tolkien: Principais pensamentos e contribuições

j.r.r. Tolkien

J.R.R. Tolkien é um nome incontornável no universo da literatura fantástica.

Nascido em 1892, na África do Sul, e criado na Inglaterra, Tolkien foi um escritor, professor universitário e linguista que deixou um legado duradouro para a cultura popular.

É inegável que sua obra, composta por diversos romances, ensaios e contos, influenciou profundamente a ficção fantástica contemporânea.

Entre as principais contribuições de Tolkien para o gênero estão a criação de línguas inventadas, a elaboração de um vasto e detalhado mundo secundário, a construção de uma mitologia própria e a utilização de elementos de contos de fada e mitologia nórdica para compor suas histórias.

Com obras como “O Senhor dos Anéis”, “O Hobbit” e “O Silmarillion”, Tolkien se tornou uma das figuras mais importantes da literatura fantástica e seu legado continua a inspirar escritores, cineastas e artistas em todo o mundo.

Neste artigo, exploraremos em mais detalhes a vida e obra deste grande escritor e sua importância para a cultura pop.

 

A vida de Tolkien

John Ronald Reuel Tolkien nasceu em 3 de janeiro de 1892 em Bloemfontein, na África do Sul, filho de pais ingleses.

Quando Tolkien tinha apenas quatro anos, seu pai faleceu e sua mãe se mudou com ele e seu irmão para Birmingham, na Inglaterra.

Foi lá que Tolkien cresceu e estudou, destacando-se academicamente desde cedo.

Na adolescência, Tolkien desenvolveu uma paixão pela língua e pela literatura.

Ele aprendeu latim, grego, anglo-saxão, islandês antigo e outras línguas, e começou a criar suas próprias línguas inventadas, um interesse que influenciou sua escrita posterior.

Tolkien estudou na Universidade de Oxford, onde se formou em línguas e literatura inglesa.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Tolkien serviu como oficial de comunicações na Inglaterra e na França.

Foi durante este período que ele começou a escrever as histórias que mais tarde se tornariam “O Silmarillion” e “O Hobbit”. Depois da guerra, ele se tornou professor universitário em Oxford, onde ensinou inglês antigo e literatura inglesa.

Foi em 1954 que Tolkien alcançou grande sucesso com a publicação de “O Senhor dos Anéis”, que se tornou um best-seller internacional e um clássico da literatura fantástica.

Tolkien também escreveu outras obras, incluindo “O Hobbit”, “Contos Inacabados” e “O Silmarillion”, que foram publicadas postumamente.

Além de sua carreira como escritor e professor, Tolkien também era um marido e pai dedicado.

Ele se casou com Edith Bratt em 1916 e tiveram quatro filhos juntos. Tolkien era um homem modesto e reservado, que preferia passar seu tempo livre lendo, escrevendo ou passeando pelo campo com sua esposa.

Infelizmente, Tolkien faleceu em 2 de setembro de 1973, aos 81 anos, deixando para trás uma obra duradoura e uma legião de fãs em todo o mundo.

 

As línguas inventadas

Tolkien criou diversas línguas inventadas, que ele chamava de “línguas élficas” ou “línguas do mundo de Arda”, que eram faladas pelas diferentes raças e povos que habitavam seu universo ficcional.

Ele começou a criar suas primeiras línguas inventadas ainda na adolescência e continuou a trabalhar nelas ao longo de toda a sua vida.

Entre as línguas mais importantes criadas por Tolkien estão o Quenya e o Sindarin, que eram as línguas élficas mais elaboradas.

O Quenya foi inspirado principalmente no latim, no grego e no finlandês, enquanto o Sindarin foi inspirado nas línguas celtas, como o galês e o irlandês.

Além dessas línguas, Tolkien também criou outras, como o Khuzdul, a língua dos anões, e o Adûnaico, a língua dos homens de Númenor.

O processo de criação das línguas de Tolkien era muito meticuloso e envolvia a construção de gramáticas, vocabulários e até mesmo uma história e uma cultura para cada língua.

Tolkien acreditava que a criação de línguas era uma forma de arte em si mesma, e dedicava muitas horas do seu tempo livre para trabalhar nelas.

Os termos criados por Tolkien em suas línguas inventadas são extremamente ricos e complexos, com muitas nuances e sutilezas.

Algumas palavras interessantes em Quenya incluem “valar”, que significa “poderoso”, e “valinor”, que é o nome do paraíso dos deuses na mitologia élfica.

Em Sindarin, temos a palavra “mellon”, que significa “amigo”, e “galadriel”, que é o nome da rainha élfica que governa em Lothlórien.

Apesar de serem línguas fictícias, as línguas criadas por Tolkien são muito bem elaboradas e foram estudadas por muitos fãs e linguistas ao longo dos anos.

Há até mesmo comunidades online dedicadas ao estudo e prática dessas línguas, com pessoas se comunicando entre si em Quenya e Sindarin.

 

Principais influências

  1. George MacDonald – escritor escocês e pastor cristão, que escreveu contos de fadas e fantasia que foram bastante populares no século XIX e que influenciaram o estilo e a abordagem de Tolkien em relação à fantasia.
  2. E. A. Wyke-Smith – escritor inglês, autor de “The Marvellous Land of Snergs” (“A Terra Maravilhosa dos Snergs”), que conta a história de um grupo de seres pequenos e valentes que vivem em uma terra mágica. O livro foi lido por Tolkien para seus filhos e teve grande influência na criação dos hobbits em “O Senhor dos Anéis”.
  3. H. Rider Haggard – escritor inglês, autor de “As Minas do Rei Salomão” e outros romances de aventura que tinham um forte apelo para o público vitoriano. Haggard foi uma influência para Tolkien no que diz respeito ao seu interesse em explorar culturas e lugares exóticos em suas histórias.
  4. William Morris – poeta, designer e escritor britânico, que teve uma grande influência na criação do mundo de fantasia de Tolkien, especialmente na construção de um mundo secundário completo com história, mitologia e línguas inventadas.
  5. Philologistas medievais – como filólogo e professor de literatura anglo-saxônica, Tolkien foi influenciado por uma série de estudiosos medievais, como J.R. Clark Hall e Henry Sweet, que o ajudaram a entender a estrutura e a evolução da língua inglesa e outras línguas germânicas.

 

Principais obras de Tolkien

  1. O Hobbit – um livro infantil publicado em 1937, que narra as aventuras do hobbit Bilbo Bolseiro, que é contratado para roubar um tesouro guardado por um dragão solitário.
  2. O Senhor dos Anéis – uma trilogia de romances publicados em 1954 e 1955, que segue a jornada do hobbit Frodo Bolseiro e seus amigos para destruir um anel mágico que pode conceder poder infinito a quem o possui.
  3. Silmarillion – uma coletânea de histórias, mitos e lendas criados por Tolkien ao longo de sua vida, que descrevem a história e a mitologia da Terra-média, o mundo fictício onde se passam O Hobbit e O Senhor dos Anéis.
  4. Contos Inacabados de Númenor e da Terra-média – uma coleção de histórias e anotações deixadas por Tolkien, que detalham eventos e personagens importantes na história da Terra-média.
  5. Os Filhos de Húrin – um romance publicado postumamente em 2007, que conta a história trágica de Túrin Turambar, um herói humano que luta contra o mal na Terra-média.
  6. Roverandom – um livro infantil publicado postumamente em 1998, que conta a história de um cachorro que é transformado em um brinquedo por um mago malvado, e que embarca em uma jornada fantástica para recuperar sua forma original.

Essas obras são consideradas algumas das mais importantes e influentes da literatura de fantasia.

 

Frases geniais de Tolkien

“A imaginação é o poder supremo do povo.”

 

“Tudo que reluz não é ouro, nem todo aquele que vagueia está perdido.”

 

“Não existe triunfo sem perda, não há vitória sem sofrimento, não há liberdade sem sacrifício.”

 

“Até mesmo a menor pessoa pode mudar o curso da história.”

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